O surgimento da pandemia originou novas realidades em termos pessoais e profissionais para todos. Médicos, professores e até mesmo as forças policiais adaptaram as suas rotinas e responsabilidades para responderem aos novos desafios que surgiram.
O alferes da Guarda Nacional Republicana Ricardo Monteiro refere o aumento do empenho dos seus companheiros para fazer respeitar as medidas de segurança sanitária. Para além de seguirem as instruções conhecidas por todos, como lavar as mãos regularmente ou usar máscara, os profissionais da GNR prescindiram do uso da boina, abstiveram-se de cumprimentos sociais que envolvam contacto físico e aumentaram a frequência de desinfeção de balcões, secretárias e viaturas destinadas ao serviço policial. Outra das medidas implementadas foi a redução de equipas em trabalho presencial de duas para uma. Os agentes que utilizam as viaturas da GNR são obrigados a usar equipamento de proteção individual, de forma a evitar o contágio entre todos.
Nuno Rodrigues, sargento-ajudante, destacou o comportamento dos profissionais associados à Guarda Nacional Republicana, elogiando a “constante preocupação” de todos em respeitar as medidas de segurança instituídas.
No que diz respeito à conciliação com a vida familiar dos entrevistados, ambos revelam alguma preocupação devido ao risco de contágio que existe. Cuidados como o despir da farda em locais isolados, o tomar banho imediatamente após o momento de chegada a casa e a desinfeção constante das mãos são essenciais para garantir a segurança dos seus entes mais próximos. O tempo em família ainda é uma possibilidade para estes profissionais, embora existam diversos cuidados a ter nas suas interações.
O comportamento coletivo é essencial para ultrapassar esta situação e os dois profissionais destacam a responsabilidade assumida pela população e os comportamentos de contenção adotados pelos cidadãos, que são uma contribuição decisiva para ultrapassar a pandemia.
Texto e foto: Nuno Vieira | Rodrigo Pereira | Ruben Rodrigues