“Capitão América”: O poder tem limites

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Até onde pode ir o poder de uma organização? Até que ponto a violência justificada pode servir de desculpa para consequências como a morte de civis? São perguntas que muitas vezes nos ocorrem no dia a dia pelas mais variadas razões, sociais, políticas, desportivas, económicas ou religiosas. São, também, questões que acompanham o enredo do Capitão América: Guerra Civil.

O novo filme da Marvel Studios aborda o confronto ético e moral travado pelos “vingadores”, a equipa de super-heróis que tem agido de forma independente de qualquer controlo organizacional. Agora, chegou a altura da comunidade internacional desafiar essa realidade, sugerindo uma nova perspetiva: a assinatura de acórdãos para que o grupo comece a agir sob a alçada da ONU.

Uma limitação que surge quase como ultimato – os membros dos “vingadores” aceitam ou retiram-se da atividade – e que não é do agrado de todos. Steve Rogers (Capitão América) não aceita o acórdão alegando que os “vingadores” não irão ser capazes de agir sempre que necessário. Tony Stark (Homem de Ferro), por seu lado, recusa o ultimato e defende que os super-heróis poderão passar para o campo dos vilões.

Anthony e Joe Russo, criadores da saga que já conta com dois filmes anteriores – Capitão América: O Primeiro Vingador e Capitão América: O Soldado de Inverno –  desconstroem o classicismo do “bem contra o mal” e colocam o espetador a testemunhar um duelo entre as duas faces do bem, o Capitão América e o Homem de Ferro. O confronto opõe os seguidores de Steve Rogers aos correligionários de Tony Stark, ambos animados por motivações pessoais e por uma crença cega de que estão do lado certo.

O filme está concebido para os fãs já conhecedores deste universo e dá a conhecer novas personagens das histórias de banda desenhada, como o Homem-Aranha e o Pantera Negra.

Efeitos especiais sugestivos e o regresso ao grande ecrã de atores como Robert Downey Jr. (Homem de Ferro) e Chris Evans (Capitão América) são alguns dos muitos motivos que levaram os fãs das comics a encherem as salas de cinema e a apreciarem aquele que foi um dos filmes mais aguardados do ano.

 

Texto: André Azevedo | João Oliveira | Pedro Rino | Rafael Silva