Em 2008, estreou Homem de Ferro, o big bang do que viria a ser o maior universo cinematográfico de todos os tempos, seguindo-se O Incrível Hulk, Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador, que expandiram este jovem cosmos. Com ambientes e cenários diferentes, desde a II Guerra Mundial a mundos siderais, as obras entrelaçam-se em 2012 com Os Vingadores e reúnem no grande ecrã os principais super-heróis do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).
Depois do sucesso desta reunião de personagens, o UCM foi preenchido com sequências dos heróis titulares, abrindo ainda espaço para outras figuras, em Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga, Doutor Estranho, Homem-Aranha: Regresso A Casa e Pantera Negra.
Em jeito de balanço, são 10 anos, 18 filmes e perto de 15 mil milhões de dólares em bilheteiras. Esta contabilidade atinge o apogeu em Vingadores: Guerra do Infinito, um acontecimento cinematográfico sem precedentes. No enredo, Thanos, um vilão ambíguo com motivos dúbios, procura as seis Pedras do Infinito, que, quando reunidas, concedem omnipotência ao seu portador. Todos os heróis devem estar dispostos a sacrificar tudo, numa tentativa de derrotar o poderoso e imparável antagonista, antes da sua blitz de devastação e ruína pôr um fim ao Universo.
Vingadores: Guerra do Infinito é um filme com uma carga emocional permanente, impulsionada pela perfurante banda sonora de Alan Silvestri, que nos deixa ansiosos e temerosos. O humor é totalmente eclipsado pelos momentos de ação e pela perda dolorosa de personagens queridas, que arrebatam o espetador numa verdadeira montanha-russa de emoções.
Trata-se de uma obra cinematográfica que marca o mundo dos super-heróis, magistralmente conseguida pela dupla de diretores Anthony e Joe Russo, que apresentam de forma equilibrada e coesa a convergência de um cosmos rico, com personalidades variadas e desenvolvidas.
Para os fãs, é a materialização dos mais fantásticos sonhos e, simultaneamente, dos mais aterradores pesadelos. Uma experiência marcante que nos deixa desconcertados, desamparados e até mesmo traumatizados. E filmes assim, já não há muitos.
Texto: André Ferreira