Café Memória partilha experiências e emoções na área das demências

O Café Memória chegou há cinco anos a Portugal. Desde que foi implementado, em 2013, procura seguir e adaptar o exemplo dado por vários países ao inserir-se no projeto Cuidar Melhor, cujo objetivo passa por promover os direitos das pessoas com demência e apoiar e valorizar os familiares e profissionais que lhes prestam cuidados.

Local de partilha de experiências entre familiares, cuidadores e pessoas com problemas de memória ou demência, o Café Memória realiza-se uma vez por mês aos sábados em diversas cidades do país. Em Leiria, teve início em 2017 e é acolhido pela Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira. Realiza-se no quarto sábado de cada mês, entre as 10h00 e as 12h00, com entrada gratuita e sem inscrição prévia.

Os encontros decorrem num espaço e ambiente informal e protegido, visando combater o isolamento social e promover a interação entre pessoas com experiências semelhantes através de atividades lúdicas e estimulantes. O projeto conta com o apoio da Câmara Municipal, no âmbito de uma estratégia de alargamento de ação a um número cada vez maior de indivíduos com problemas de memória ou demência.

Segundo Catarina Alvarez, coordenadora da iniciativa, a missão do Café Memória passa por “contribuir para que as pessoas com demência sintam menos solidão e por isso tenham melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo que se pretende alertar e sensibilizar a comunidade para um problema sempre mais relevante em termos sociais e de saúde pública”.

Desde abril de 2018, o projeto ganhou amplitude e transformou-se, também, no Café Memória faz-se à estrada, para chegar a populações que residem em zonas periféricas e fora dos centros urbanos. A missão é clara: abranger regiões do interior do país.

O projeto conta com a participação de voluntários e profissionais da Associação Alzheimer. Em jeito de balanço, a psicóloga Catarina Alvarez refere que já se formaram mais de quinhentos voluntários. Por não se tratar de um voluntariado técnico, qualquer pessoa interessada no assunto, que saiba escutar, seja comunicativa e tenha sentido de compromisso, pode tornar-se voluntária do Café Memória.

Texto: Ana Becker, Bianca Pereira, Carlota André e Catarina Santos