Nídia do Carmo: de Leiria para o Mundo

Nascida em Castelo Branco, mas a viver em Leiria desde os 13 anos, Nídia do Carmo teve um percurso semelhante ao de tantos leirienses. Estudou na Escola D. Dinis, seguiu para a Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo e ingressou na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais.

Apesar de ter pensado estudar fora de Leiria, acabou por encontrar em Comunicação Social e Educação Multimédia o que procurava: “de forma geral, a licenciatura correspondeu às minhas expetativas. Agora, olhando para trás, vejo a importância das coisas que aprendi no curso e das pessoas que conheci.

Terminou o curso sem saber exatamente o que ia fazer. Sabia que queria algo relacionado com a comunicação: “eu sempre gostei de escrever e de garantir que a minha mensagem chegava ao outro lado, mas tinha algumas dúvidas em relação a ser jornalista”. Refere que tudo era muito rápido e tinha receio de invadir a privacidade do outro: “não me sentia totalmente confortável com isso”.

Foi o gosto pela tecnologia que decidiu o seu futuro. Iniciou-se em part-time e passado uns meses começou a gerir um projeto. Com o fecho da filial de Leiria, Nídia rumou a Barcelona para a sede da empresa Link to Media. Passado algum tempo já dirigia a equipa que operava no mercado brasileiro. Atualmente, com 29 anos, coordena quatro equipas internacionais, com onze pessoas à sua responsabilidade.

Com a anterior experiência de redação, sentiu-se confortável e a partir daí o seu caminho foi-se traçando naturalmente. Com o foco nos termos de pesquisa dos utilizadores da Google e do YouTube, viu-se obrigada a deixar o formato jornalístico. Desde aí o interesse pelos mercados internacionais cresceu e, com isso, o desafio de adequar as palavras, as línguas e os estilos, ao escrever para estes públicos todos os dias.

De momento está a tirar um mestrado em Direção de Comunicação e prevê no futuro abarcar a área do branding e construção de marcas, tanto num contexto interno como externo. Interessa-se também pelo grafismo e a identidade corporativa e com isso ambiciona sair um pouco da visão de redatora e expandir em todas as áreas da comunicação.

Tendo em conta a sua formação superior, reconhece que os politécnicos incluem uma componente prática que, em certos aspetos, prepara melhor os estudantes para a vida profissional. Por esse motivo, considera que estas instituições merecem mais prestígio do que o que lhes é atribuído, apesar de saber que o nome de uma universidade ajuda na escolha.

Na vida profissional e pessoal destaca a importância de manter contactos e de experimentar tudo, reforçando a necessidade de se ser camaleónico e não fechar os horizontes em relação ao trabalho que se quer desempenhar, pois reconhece que “só a mudança é que nos faz crescer”.

Texto: Liane Reis | Tânia Ferreira