A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) recebeu, a 25 de novembro, o jornalista e diretor do Jornal de Leiria, Francisco Pedro, numa aula aberta destinada à partilha de experiências sobre os desafios que a comunicação social enfrenta atualmente. A sessão foi organizada pelo Departamento de Ciências Sociais/RHCO/UC de Direito da Comunicação, em conjunto com os professores Isabel Borges, Mário Barata e Susana Faria.
O evento foi dirigido a todos os alunos, em especial aos das áreas da Comunicação, abordando temas como a justiça no jornalismo e como é ser jornalista nos dias de hoje, cruzando com o percurso profissional do orador, enquanto jornalista e diretor do Jornal de Leiria.
Francisco Pedro contextualizou a evolução verificada do jornalismo e sentida até nos meios tecnológicos disponíveis. No Diário de Leiria, onde começou a trabalhar, tinha um “pequeno computador com 140 kb de memória”. Os desenvolvimentos técnicos foram-no acompanhando, depois, ao longo da sua carreira, que incluiu passagens pelo Correio da Manhã, Jornal de Notícias e a revista Fátima Missionária, a qual considerou ser a “aventura mais desafiante” da sua vida.
No cruzamento entre jornalismo e a justiça, o diretor do Jornal de Leiria, considera que “o jornalismo nunca teve uma boa relação com o sistema judicial, fruto, muitas vezes, de o jornalista querer publicar as chamadas notícias de última hora”. Reforçou ainda a proteção legal que abrange os jornalistas no nosso país e apontou as fugas de informação como as maiores causas para um jornalista ter problemas com a justiça.
Houve ainda tempo para o diretor do Jornal de Leiria abordar o que considera ser um bom trabalho jornalístico. Aos estudantes que pretendem seguir a profissão, aconselha: “Um bom jornalista deve sempre ir ao fundo da questão, no entanto, sempre dentro das margens legais”.
Texto: Daniela Reis | Bernardo Pereira | Leonardo Silva | Mariana Braz
Foto: Waldemar Brandt | Unsplash