Hugo Canoilas, de 44 anos, é natural de Lisboa, mas reside atualmente entre Viena de Áustria e Nova Iorque. É antigo aluno de Belas-Artes da Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), do Politécnico de Leiria, nas Caldas da Rainha. Após terminar a licenciatura mudou-se para Budapeste e em 2004 foi estudar para Londres com a ajuda de uma bolsa cedida pela Fundação Calouste Gulbenkian, para fazer um mestrado em Pintura no Royal College of Art.
Considera que o seu percurso no Politécnico de Leiria foi um bom momento que lhe permitiu ter mais liberdade e viver novas experiências. “Para mim são muito mais importantes as atividades extracurriculares do que aquilo que se aprende na escola”, explica Hugo Canoilas.
O interesse em estudar em Londres surgiu sobretudo para ganhar mais experiência numa cidade grande e porque sabia que a escola tinha métodos de ensino que lhe agradavam. Hugo Canoilas escolheu especializar-se em pintura, por ser a arte que lhe saía mais naturalmente.
Quando cria, o artista quer que as pessoas lhe deem um significado próprio, fazendo com que a mensagem das suas obras não seja oclusa. Esta ideia está presente na sua exposição mais recente, “Moldada na Escuridão”, patente no Museu Calouste Gulbenkian. Trata-se de “uma tentativa de maravilhamento das pessoas pelo natural”, refere Hugo Canoilas.
Chegou ao reconhecimento a nível internacional com a sua exposição “On The Extremes Of Good And Evil”, exibida no Museu de Arte Moderna de Viena, conhecido por Mumok. Com ela, ganhou o Prémio Kapsch de Arte Contemporânea de 2020.
Relativamente ao futuro, tem um projeto de longa data que irá perdurar até 2025: a elaboração de uma ópera. A obra conta com a participação de um dramaturgo e de uma compositora, estando a desenrolar-se em Bregenz, na Áustria. Já no final de junho, é possível encontrar uma exposição de Hugo Canoilas em Coimbra, no Centro de Artes Visuais.
Texto: Ana Beatriz Antunes | Ana Carolina Gonçalves | Catarina Gonçalves | Ema Marques