João Colaço: Um caminho de dedicação e conquistas

João Colaço tem 21 anos e frequenta a licenciatura de Desporto e Bem-Estar, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS). Além do compromisso académico, destaca-se como atleta de alto rendimento, integrando a Seleção Nacional na arte marcial que pratica, kempo.

Já conquistou cinco primeiros prémios de dimensão internacional e quatro títulos de campeão europeu, tendo-lhe sido atribuído, em 2023, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), o Estatuto de Alto Rendimento Desportivo de Classe A. Trata-se de uma categoria atribuída aos atletas que alcançam os melhores resultados nas competições internacionais.

Quando era mais novo gostava de brincar às lutas com o irmão, mas começou por praticar rugby. Os irmãos já eram atletas de kempo e, um dia, por brincadeira, experimentou a modalidade, acabando por praticar as duas durante algum tempo. No final, acabou por enveredar pela arte marcial que ganhou destaque na sua vida, escolha de que afirma não se arrepender.

Conciliar a faculdade com o desporto não é uma tarefa fácil, mas para João Colaço nada é impossível. “Tenho obtido resultados excelentes, tanto no desporto quanto a nível académico, ainda que tenha muito para melhorar e gerir o meu tempo para o estudo, que é bastante importante para mim e para o meu futuro”.

Neste duplo percurso académico e desportivo, considera que os benefícios do estatuto de estudante-atleta e o suporte dos professores da licenciatura têm sido aspetos fundamentais para alcançar o sucesso.

Sobre as conquistas, partilha com emoção o que considera ter sido um momento marcante: a primeira medalha internacional, recebida no Campeonato Europeu de Kempo em 2018, na Roménia. “Para muitos, um terceiro lugar significa pouco, mas, para mim, no meu primeiro campeonato no estrangeiro, significou o reconhecimento de todo o trabalho e esforço, tendo acabado por ser um ‘abre-olhos’ para o que tinha para evoluir”, refere.

João Colaço não hesita em reconhecer que a família é a sua fonte de inspiração, bem como o seu treinador e ídolo, Marco Carvalho, que vê como uma referência. De olhos no futuro, o estudante-atleta tem à porta o campeonato Nacional em junho e o ‘europeu’ em outubro, em Aveiro. Espera continuar a representar o país por muitos anos nesta modalidade e, apesar de já ter ganhado vários títulos mundiais, mantém os pés no chão: “Existe sempre espaço para melhorar. Sinto-me orgulhoso do meu trabalho e espero inspirar outros atletas”.

Texto: Ana Santos | Lara Santos | Margarida Basso