Professor da ESECS promove projeto inovador com realidade virtual em evento internacional

Um homem branco, de cabelo e barba castanha, posa para a fotografia. Tem as mãos atrás das costas e usa uma t-shirt branca. Atrás de si, está um painel com o logótipo do evento World Teacher Games.

José Amoroso, docente do Politécnico de Leiria, foi o único português com funções organizativas no World Teacher Games 2025, um evento que reuniu participantes de 25 países, de 5 a 10 de maio. A experiência internacional foi marcada por partilhas pedagógicas e pela divulgação de projetos pioneiros, como o VIBES – Virtual reality sports Interaction Between European Schools, que integra realidade virtual nas aulas de Educação Física.

“Foi desafiante e enriquecedor”. É assim que José Amoroso resume a sua participação no World Teacher Games, depois de seis meses de preparação intensa. Além de representar Portugal, liderou um workshop sobre atividades extracurriculares em Educação Física, onde promoveu a partilha de experiências e práticas inovadoras. Apesar do nervosismo inicial e de ter sido quase “empurrado” para o tema, encontrou na diversidade cultural dos participantes – ingleses, franceses, belgas e outros – uma oportunidade única para aprender e ensinar.

“Gosto muito de desafios e de iniciar coisas novas. Facilitar um espaço onde cada um falava do que fazia nas suas escolas foi muito gratificante”, reflete o professor. Entre as ideias partilhadas, destacou uma inglesa: uma corrida até ao sino da igreja mais próxima, a sete quilómetros da escola, onde os alunos tentam bater o recorde anual antes do sino tocar.

É também impulsionador do projeto VIBES, que visa integrar a realidade virtual no ensino da Educação Física. “Quando propusemos o projeto, houve algum cepticismo: ‘Vamos meter óculos de realidade virtual nos miúdos, que já passam muito tempo ao ecrã?’”, recorda. “Mas aprendemos que o importante é saber usar esta tecnologia de forma positiva”.

Por outro lado, a realidade virtual tem despertado o interesse dos alunos, incluindo aqueles menos entusiasmados com a Educação Física tradicional. “Há alunos a jogar e outros imersos na experiência virtual, com sorrisos que mostram logo o impacto positivo”, aponta.

O projeto tem vindo a crescer e inclui a publicação de um ebook para formação de professores, além de um campeonato interescolas e uma fase internacional com parceiros da Bélgica, Chipre e Itália.

Texto: Laura Brito | Nicolai Nazarov | Rafael Marques