Nascida em Santarém, Ana Matos Neves desde cedo sentiu que queria seguir jornalismo e fazer disso a sua vida. Hoje, com 28 anos, vê o sonho cumprido e Bruxelas passou a ser a sua segunda casa. Concluiu a licenciatura na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria há sete anos. Além dos trabalhos curriculares que realizou enquanto frequentava Comunicação Social e Educação Multimédia, Ana Matos Neves procurou outras formações e afirma que o jornal Akadémicos e a Rádio IPLay desempenharam um papel fundamental para ganhar o máximo de experiência profissional e assim ir mais bem preparada para o mundo do trabalho.
Quando chegou o momento do estágio, integrado na licenciatura, escolheu a agência Lusa, em Lisboa. Foi lá que “apanhou o bichinho” do jornalismo de agência e compreendeu a importância de dar voz a um trabalho de equipa imprescindível no panorama mediático nacional. É jornalista da Lusa há quase sete anos e há dois surgiu a oportunidade de integrar a delegação de Bruxelas.
Com o setor dos media cada vez mais enfraquecido, Ana defende que os conteúdos produzidos pela agência se tornam essenciais para os meios de comunicação nacionais, que reconhecem e confiam no trabalho da Lusa. “Nem tudo são rosas e a verdade é que esta é uma profissão muitas vezes ingrata pela falta de reconhecimento e pela enorme responsabilidade que carregamos”. Ainda assim, afirma que “não trocaria a profissão de jornalista por nada neste mundo”, sublinhando que “não há nada que imagine mais fazer do que relatar esta busca diária pela verdade dos
acontecimentos”.
A jornalista vive esta fase de pandemia mundial não só como cidadã que tem de respeitar as regras de contenção e de proteção, mas também enquanto profissional, que relata todos os dias a crise sanitária e económica.
Até ao final de 2021 tem a certeza de que Bruxelas vai ser a sua segunda casa. Não pensa em deixar a cidade, até porque, como trabalha enquanto correspondente internacional para um meio de comunicação português, tem sempre a língua e o país bastante presentes, o que também encurta o facto de estar fora de Portugal.
“Apesar de me sentir já bastante realizada a nível profissional, quero continuar a ser correspondente internacional, por agora em Bruxelas, mas quem sabe um dia noutra capital europeia ou fora”.
Texto: Carolina Domingos | Mariana Santos | Tânia Santos