A Sony volta a atacar o mundo dos Super-Heróis, desta vez com Venom, um anti-herói que saltou para as telas no passado mês de outubro. Depois de Homem-Aranha 3 (onde chega a aparecer Venom), era de esperar que a Sony não voltasse a arriscar com este franchise. Na opinião de The Guardian, um dos maiores falhanços de Hollywood.
Para quem segue as bandas desenhadas, era expectável que o Homem-Aranha também aparecesse, mas a Sony e a Marvel, em conjunto, decidiram focar-se apenas no extraterrestre. Esta decisão deixou alguns fãs frustrados, visto que a história retratada no filme carece da presença do rapaz que lança teias e se veste de vermelho.
Apesar de tudo, o filme consegue superar as expetativas e é considerado o melhor filme de outubro, batendo outros como Sete estranhos no El Royale, Halloween e Assim nasce uma estrela. Falando em números, o filme conseguiu angariar cerca de 100 milhões de euros somente na primeira semana, conquistando o 9º lugar do ranking anual de box office.
Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy, é um antigo fotógrafo que se dedica à televisão e ao seu programa de jornalismo de investigação. Após usar condutas menos éticas, é despedido e vê-se numa situação de pobreza e desgraça. Como em todos os filmes (spoiler alert), a personagem principal consegue dar a volta à situação. Através de uma mutação com o simbionte e à moda do romance clássico, Eddie, que só quer fazer o bem, e Venom, que apenas quer arrancar cabeças e comer pâncreas, tornam-se num só e tentam adaptar-se à situação. A típica cena pós-créditos dos filmes da Marvel também está presente em Venom, deixando em aberto a grande probabilidade de haver uma sequela.
Apesar de não ser um filme ao nível dos melhores de Hollywood, Venom deixa-nos colados ao ecrã durante todo o tempo, e sempre à espera que aconteça algo, exatamente o que se pretende de um filme de super-heróis. O humor utilizado está muito relacionado com a personagem das bandas desenhadas da Marvel e deixa-nos com a frase icónica na memória: “We are Venom” (Nós somos Venom).
Texto: Pedro de Melo