As boleias são uma solução para poupar os custos das viagens. E são também o tema de uma aplicação informática, desenvolvida por dois alunos da Universidade de Aveiro, que está a revolucionar a vida de muitos estudantes universitários, que podem oferecer e pedir boleias em tempo real.
“Antes viajava sempre sozinha e resolvi experimentar o Thumbeo. No início tive medo, não conhecia as pessoas que ia levar. A verdade é que já fiz amigos e agora já não saio de casa sem ver se alguém quer vir comigo”, explica Sara Dinis, 25 anos, utilizadora da aplicação. “Já me salvou muitas vezes. E até já fiz amigos”, diz Ricardo Duarte, 19 anos, estudante e utilizador do Thumbeo. É um instrumento informático “simples de utilizar e intuitivo”, sustenta Wilson Ferreira, 22 anos. A ideia nasceu em maio de 2015 através de João Pedrosa e Eduardo Duarte, que frequentavam Computação Móvel e entraram num concurso de incubação de ideias.
João Pedrosa, 23 anos, cofundador do Thumbeo, explica a origem da marca: “o símbolo universal de pedir boleia é esticar o polegar, então como polegar em inglês é ‘thumb’ surgiu daí o nome da aplicação”. Hoje, o projeto conta com 500 utilizadores e tem tido um crescimento exponencial. “No início foi difícil conseguirmos estabelecer parcerias, mas à medida que íamos saindo nos ‘media’ tudo isso se tornou mais fácil”, refere o cofundador, reconhecendo que tem sido difícil mostrar a originalidade do produto. O Thumbeo distingue-se da concorrência nacional e internacional pelo facto de oferecer boleias para o local exato para onde o utilizador se quer dirigir e não apenas para a localidade em causa.
Criado com o objetivo de fazer as pessoas pouparem dinheiro nas deslocações, mas também tendo em conta as preocupações ambientais que se fazem sentir, o Thumbeo foi essencialmente desenhado para jovens que precisam de boleia e para pessoas que tenham lugares vagos no carro. No entanto, tem vindo a fazer algumas parcerias que o tornaram mais abrangente. Agora, em 2016, os administradores do projeto querem apostar em força na promoção junto dos jovens. O objetivo final é serem “reconhecidos como a principal aplicação de boleias para festivais”, mas também “estabelecer o máximo de parcerias possíveis” de forma a conseguirem ter uma maior oferta para os seus utilizadores, refere João Pedrosa.
Texto: Ângela Capela