A arte como instrumento de aprendizagem entre gerações

A segunda edição das Jornadas Intergeracionais de Educação e Cidadania realizou-se a 7 de abril, em formato online, com uma proposta de reflexão sobre “As Artes e Os Outros”. A iniciativa é do Programa 60+ de formação sénior do Politécnico de Leiria, que este ano pretendeu envolver diferentes gerações para pensar o papel das linguagens artísticas na educação para a cidadania e na compreensão do outro.

A conferência reuniu apresentações de investigação na área e de projetos que promovem a participação social através da manifestação artística. “As artes e, em particular, as palavras escritas com arte, permitem-nos questionar as nossas certezas e abrir-nos a novas compreensões dos outros e de nós próprios”, explicou Luísa Pimentel, coordenadora do Programa 60+, no início do dia.

Além de professores e de outros profissionais ligados ao Politécnico de Leiria, marcaram presença Lara Seixo Rodrigues, diretora da Mistaker Maker, e Rosalinda Chaves, Pedro Velho e Nuno Conceição, membros do projeto DESPHOCO-fotografia e bem-estar. A manhã terminou com a abertura de um espaço de debate e intervalo, onde foi apresentado um vídeo com os trabalhos realizados pelos estudantes do Programa 60+.

Paulo Martins, crítico de cinema, Clara Leão, professora de Dança na ESECS, e Guilherme Mendonça, dramaturgo, roteirista e professor, lideraram o painel da tarde. Seguiu-se uma atuação musical da Tum’Acanénica (ESECS). O último painel teve como tema “Artes e Inclusão”.

A conferência terminou com a intervenção de Luísa Pimentel, que reiterou a intenção de o evento criar espaços de aprendizagem entre gerações: “É oportuno recordar aos adultos que não são uma população descartável, que a sua participação coletiva é importante, que são um exemplo de ousadia e que devem continuar a fazer o que os apaixona”.

Texto: Carolina Rodrigues | Paula Benavides | Sarahí Cárdenas
Foto: Retirada do site do evento