A receção dos leirienses
Os leirienses têm mostrado ser bastante recetivos a este tipo de arte. Carla Tavares afirma que, no período em que “os artistas estavam a pintar as paredes, as pessoas passavam por lá todos os dias para verem a evolução da obra”. Pedro Freitas, estudante de 23 anos, conta que, por alguns minutos, as obras o distraem da pressão do dia a dia. “É algo agradável de ver”.
Pelo meio de prédios, casas, ruas e rotinas diárias, estas pinturas encontram-se acessíveis e disponíveis para comunicar com cada pessoa, seja um pensamento momentâneo, uma sensação de prazer visual ou reflexões profundas. Carla Tavares diz que a relevância da arte pública está no facto de ir ter com as pessoas. “As pinturas estão a falar com as pessoas”, completa.
As interpretações são inúmeras. Pode-se dizer, por exemplo, que a pintura de Aryz, “Esperando para tener prisa“, pintada no edifício do Orfeão de Leiria, transmite a ideia de preguiça e cansaço. Pedro Freitas tem com ela uma relação muito pessoal. “Parece-se comigo quando estou no meio de uma crise existencial”, comenta.