A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Politécnico de Leiria, em parceria com a Safe Space Portugal/Festival Mental, organizou, no passado dia 17 de outubro, uma M-Talk com o propósito de refletir sobre a importância da saúde mental como um direito inalienável do ser humano. A conversa, realizada no auditório 1 da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), assinalou a comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado no dia 10 de outubro.
Ana Pinto Coelho, diretora e curadora do Festival Mental, e Inês Conde, coordenadora da licenciatura em Comunicação e Media, apresentaram o evento e introduziram os fios condutores da conversa – três curtas-metragens sobre a temática da saúde mental. Com moderação de Patrícia Duarte, diretora-adjunta do semanário Região de Leiria, a M-Talk motivou a análise da representação da saúde mental nos media.
Carolina Almeida, médica no Hospital Psiquiátrico de Leiria, considera que se sente uma crescente conscientização dos jornalistas na abordagem do assunto. Para Joana Maia, médica e membro do Conselho Geral da Saúde Mental, “a comunicação social tem de ser responsável e ter noção do poder que tem”. A especialista acrescenta que “uma notícia mal dada pode ser uma catástrofe, pode destruir anos de campanhas”.
No evento foi também abordada a importância da validação da informação que é difundida online. Filipe Pereira, diretor geral da CARMA, aconselha os jovens a procurar fontes credíveis e a olhar para os influencers criticamente, como canais de informação fácil e rápida, mas nem sempre correta. A psicóloga Patrícia Pereira, do Serviço de Apoio ao Estudante do Politécnico de Leiria, complementa que nas redes sociais encontramos todo o tipo de informação, a precisar de validação, e imagens de felicidade que não correspondem ao real. “A vida não é perfeita e não temos de a viver a correr”, conclui a oradora.