Como é que se lida com a morte das pessoas? A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) abordou estas e outras questões na conferência “Eu com o outro na relação: Relações Interpessoais e Intergeracionais”, com Rita Ramusga, a 7 de dezembro.
A antiga estudante do Politécnico de Leiria voltou, cinco anos depois, à escola onde se licenciou, desta vez como oradora. Foi no ciclo de conferências organizado pela licenciatura em Educação Social que teve a oportunidade de partilhar a sua experiência profissional como técnica superior de Educação Social.
“A vida de um educador social não passa apenas por planear atividades”, explica Rita Ramusga. Iniciou o seu percurso profissional na associação de solidariedade social Samvipaz como monitora de 2.º grau, ocupando atualmente o cargo de educadora social chefe. Trabalha com crianças e idosos, dois espetros geracionais bastante distantes, e realiza diferentes tarefas, que incluem a execução do plano de transportes, o planeamento das atividades e a gestão do centro de dia e do centro de convívio. Garante tratar-se de uma ocupação que exige estabilidade mental e capacidade para separar a vida pessoal das frustrações do trabalho. No início da sua carreira, assume que houve dias em que chegava a casa e chorava, não só pela solidão, mas também pelo sofrimento que testemunhava, principalmente durante a pandemia.
No final da conferência, vários alunos da licenciatura em Educação Social colocaram questões e pediram conselhos à oradora convidada, desde sugestões para atividades, até comportamentos e atitudes a ter com idosos. Rita Ramusga diz-se contente neste seu projeto e, em resposta à pergunta inicial, considera que o importante é entender a debilidade de cada um: “Temos de perceber que cada pessoa tem o seu tempo.”
Texto: Inês Vieira | Miguel Guerra | Milton Quintal | Paula Filipe | Rodrigo Capinha
Foto: Johnny Cohen | Unsplash