Chris Roland, de 46 anos, nasceu no Dubai, nos Emiratos Árabes Unidos e é mais do que um professor de inglês. Depois do bacharelato em Filosofia e Psicologia, dedicou-se à formação de professores, com cursos CELTA e DELTA, que aprofundou com um mestrado em metodologias de ensino.
Chris estava a trabalhar para o Conselho Britânico de Barcelona em 2008, numa conferência da APAC, a associação de professores de inglês da Catalunha, quando o rumo da sua vida passou a incluir Portugal. “Isabel Brites, na altura vice-presidente da APPI [Associação Portuguesa de Professores de Inglês], veio à minha palestra e, no final, convidou-me para falar na convenção anual da APPI. Quando dei por mim, tornei-me num convidado especial da associação e já conhecia todo o staff“, explica Chris.
Para Chris, o melhor de trabalhar com a APPI é poder ensinar e aprender com muitos profissionais. “Compartilhar uma ideia simples, mas útil, com uma sala cheia de 50, 100 ou várias centenas de professores e vê-los concordar comigo… Obter aquele feedback imediato faz com que saibamos que partilhámos algo que realmente vale a pena”, descreve.
Além de trabalhar com a APPI há quase 11 anos, é professor de inglês numa escola de idiomas em Sevilha, onde dá aulas a alunos de todas as idades, treina professores da mesma instituição e ainda faz alguns workshops. Colabora com a revista English Teaching Professional e dedica-se também à escrita de livros sobre metodologias para o ensino de adolescentes, encontrando-se a desenvolver um, sobre o mesmo tópico, para crianças.
Através da sua participação em convenções, já pôde visitar vários pontos do planeta. Esteve recentemente na Rússia, Bielorrússia, Grécia, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, Portugal e Espanha, tendo uma palestra agendada no próximo ano no México. Ir a muitos lugares é essencial para o professor. “Todos os anos faço algumas palestras na conferência e outras em zonas mais remotas, para que as inovações possam chegar a todos os professores”, realça Chris.
As suas sessões são sempre sobre metodologias de ensino, quer dedicada a professores que lidam com adolescentes, quer com crianças. Embora, fora das conferências, a maior parte dos seus alunos seja espanhola, Chris arranja sempre maneira de tornar os seus princípios transferíveis e de manter as suas palestras simples e acessíveis a todos.
O regresso do professor a Portugal está oficialmente marcado para maio de 2020, em Braga, na próxima conferência anual da APPI, mas poderá até ser antes. “Se eu estiver livre, arranjarei sempre tempo para participar num evento da APPI”, assegura.
Texto: Joana Ângelo | Luna Silva | Maria Bucho | Sónia de Matos