Ficção, animação e cinema documental encontraram-se no Leiria Film Fest, que decorreu entre os dias 10 e 15 de maio, no Teatro Miguel Franco, no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento e no Mercado de Sant’Ana e que comemorou este ano o seu 10.º aniversário.
Bruno Carnide e Cátia Biscaia começaram a iniciativa em 2013 com um programa que decorreu no m|i|mo durante uma só tarde. Ao longo dos anos a adesão de participantes e espetadores foi aumentando, o que levou à necessidade de alargar a duração do festival e de escolher um local que possibilitasse uma maior assistência.
“Esta é uma oportunidade para ver imensas curtas, algo que todos nós deveríamos fazer pelo menos uma vez por ano”, referiu Gonçalo Almeida, realizador e membro do júri do festival. A edição deste ano contou com 500 propostas a concurso, das quais foram selecionadas 50 para mostra no Leiria Film Fest.
Em termos de prémios destacam-se “Murder Tongue“, de Ali Sohail Jaura, realizadora do Paquistão, com os prémios de Melhor Curta-Metragem do Festival e de Ficção Internacional. Vasco Alexandre foi o vencedor da Melhor Curta-Metragem de Ficção Nacional. Já no cinema documental, distinguiram-se os registos de Juanjo Rueda (Internacional) e Nicolas Bouchez (Nacional). Foram premiados Katarkyna Kijek & Przemyslaw Adamski, da Polónia, na animação internacional, e João Gonzalez ganhou a distinção para melhor registo nacional de animação com “Ice Merchants“.
Além destas categorias foram adicionados dois novos prémios que são atribuídos pelo público. João Gonzalez ganhou o Prémio do Público com a curta-metragem candidata aos Óscares deste ano e Alexandra Alen ganhou o Prémio Melhor Curta-Metragem Infantil.
O programa incluiu outras atividades gratuitas, como sessões para crianças e para famílias, visita aos espaços não visitáveis do m|i|mo, conversas retrospetivas com alguns realizadores e workshops dirigidos
às crianças.
Para a organização, a adesão ao festival tem aumentado devido às suas características pois “consegue ser um festival sério e credível, mas ao mesmo tempo tem uma certa informalidade, em que os participantes estão num ambiente relaxado”, explica Bruno Carnide, um dos responsáveis pelo certame.
Texto: Marco Pavão | Pablo Peces