Nascido no Canadá, mas atualmente a residir na Nazaré, terra que o viu crescer, Jordan Santos, de 28 anos, é um ícone no futebol de praia. Outrora estudante do Externato da Nazaré, estreou-se aos 17 anos em campos arenosos, a convite da equipa nazarena “O Sótão”. As habilidades em campo, aliadas ao esforço coletivo da equipa, garantiram-lhe o primeiro lugar no pódio nacional. A partir daí, começou a ser convocado para a seleção nacional.
Carregando o número cinco às costas, o craque ganhou dois campeonatos do mundo ao serviço da equipa das quinas. “O campeonato do mundo de 2015, ganho em nossa casa, e o de 2019, no Paraguai, foram dos títulos mais saborosos que tive”, assume Jordan.
Ao nível individual, e já ao serviço do Sporting Clube de Braga, para além de conquistar o título europeu três anos consecutivos, Jordan alcançou o expoente desejado por qualquer atleta de alta competição. Em 2019, foi considerado o melhor jogador de futebol de praia do mundo, guardando esse marco histórico com bastante orgulho: “É sempre um motivo de orgulho e de felicidade, e é sinal de que o trabalho que venho a desenvolver está no caminho certo”.
Em tempos de Covid-19, os atletas das várias modalidades desportivas são confrontados com a necessidade de adaptar os seus regimes alimentares e desportivos. Jordan não foge à regra, continuando os seus treinos de condição física em casa. No entanto, não descarta as idas ao areal, cumprindo sempre as regras do distanciamento social.
Com as competições nacionais e mundiais atualmente suspensas, Jordan continua com a mesma ética de trabalho e dedicação que lhe permitem estar no topo da sua modalidade. Volvido o período de quarentena, as restrições ainda são muitas, mas forma física possibilita pensar num regresso em boas condições: “Apesar do ritmo competitivo em confinamento ser sempre diferente, acho que, se fosse para voltar a competir hoje, estaria em condições ideais para o fazer”.
Texto: Davide Araújo | Emanuel Sebastião| Tiago Cação