Politécnico de Leiria faz rastreios à comunidade académica

O Politécnico de Leiria estreou dia 18 de setembro um posto de colheitas, no campus 5, que pretende realizar testes aleatórios de rastreio ao novo coronavírus entre a comunidade académica.

O espaço dispõe de equipamento e conta com equipas de enfermeiros, contratados pelo Politécnico de Leiria, prontos para efetuarem a colheita para teste PCR. As zaragatoas são posteriormente transportadas para o polo de investigação científica CETEMARES, onde é investigada a presença de DNA viral.

Perante os imprevistos, Maria Guarino, coordenadora da unidade de investigação ciTechCare, destaca a importância da preparação: “Tem sido desafiante gerir tudo isto, nem sabíamos se ia haver segunda vaga, portanto temos de estar preparados para a imprevisibilidade e conseguir dar resposta a vários cenários”, menciona.

Além desta unidade de colheita, foram ativadas duas outras, nos polos das Caldas da Rainha e Peniche, para que os estudantes não tenham de se deslocar a Leiria.

Os testes dirigem-se à população assintomática, pois, como refere José Carlos Gomes, pró-presidente do Politécnico de Leiria e responsável pela coordenação do plano de contingência do Instituto, o objetivo é perceber se existe algum surto, de modo a agir o mais rapidamente possível e garantir a segurança de todos. A seleção é feita aleatoriamente, por um sistema informático, após as mais de 14 mil pessoas que compõem a comunidade académica serem divididas em grupos (alunos, investigadores, docentes e funcionários). Os escolhidos recebem um e-mail, onde é assegurada a sua privacidade e carácter voluntário de cooperação. Caso a pessoa concorde, dá-se início ao registo através do preenchimento de uma ficha online.

Embora se estejam apenas a realizar 20 a 30 testes semanais, o Politécnico de Leiria pretende fazer em média 250 testes mensais. Juntam-se ainda testes para casos de controlo ou para solicitações de locais onde se fazem ensinos clínicos, práticas pedagógicas e estágios. “Prevemos testar pelo menos 10% de toda a comunidade académica até fevereiro”, declara José Carlos Gomes.

Até agora, o Politécnico de Leiria registou 39 casos de infeção, com registo de 22 recuperações e 17 casos ainda ativos, segundo dados revelados por José Carlos Gomes. Maria Guarino reforça a necessidade de seguir normas de segurança, como higienizar frequentemente as mãos, manter o distanciamento físico, estar em grupos pequenos em espaços ventilados e utilizar máscara. “A arma certa para matar o vírus é o nosso comportamento”, afirma José Carlos Gomes.

Texto: Alexandra Ovelheiro | Cláudia Pereira | Luís Ferreira | Rita Silva
Foto: Prasesh Shiwakoti (Lomash) | Unsplash