Ivan Barroso: Mitologia portuguesa no mundo dos videojogos

Ivan Barroso posa para a fotografia segurando uma consola de jogos. Tem o cabelo curto, usa barba e tem uma camisola cinzenta-escura. Atrás de si há uma estante cheia de livros e de CD.

Ivan Barroso, de 42 anos, vive em Leiria, mas nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), do Politécnico de Leiria, nas Caldas da Rainha, e especializou-se em videojogos. Atualmente aplica essa paixão como professor da licenciatura em Jogos Digitais e Multimédia, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG).  Escreveu durante sete anos para a revista de videojogos PUSHSTART e escreve para o jornal Público sobre o tema.

A escolha de um curso na área das artes aconteceu porque considera o “desenvolvimento criativo muito importante na universidade”. Ao longo da sua formação teve oportunidade de trabalhar com fotografia, vídeo, animação e artes sonoras.

Apesar de essencial, a experiência académica nem sempre dá tempo suficiente para testar e desenvolver projetos. Por isso, criou um “estúdio de verão”, onde trabalha com estudantes. “O curso não chega, têm de se mexer, aproveitar os recursos que a universidade oferece, frequentar conferências e workshops e conversar com as pessoas dos mais diversos cursos porque o conhecimento é uma mais-valia”, defende Ivan Barroso.

Durante semanas, professor e estudantes usam o estúdio para desenvolver um videojogo sobre mitologia portuguesa, para transmitir valores culturais e ensinar sobre a História de Portugal, no enquadramento do programa académico PlayStation First.

O investimento pessoal no projeto PlayStation Talents Portugal começou em 2016 e, desde então, Ivan Barroso tem motivado várias equipas de estudantes a participar. Os resultados têm sido muito positivos, com distinções da PlayStation em 2017, com o jogo “Out of Line”, e do Nordic Game Contest em 2018, com o jogo “Keg Wars”.

Gosta de acompanhar os estudantes durante todo percurso académico e o seu crescimento, pois uma das coisas de que mais sente orgulho é “saber que os estudantes acabaram o curso e estão preparados”.

Texto: Mariana Ascenso | Tatiana Fonseca