De norte a sul, estudantes investem em projetos de comunicação

Lisboa também é casa de projetos académicos

Sala de redação, com cadeiras, secretárias e computadores. Do lado direito da imagem, está uma pessoa a trabalhar no computador.

Em Lisboa, nasceu na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica o jornal Pontivírgula, que tem cerca de 15 anos e é, atualmente, uma publicação académica independente. “Além de ser uma plataforma para mostrarmos as nossas capacidades, é também um sítio onde podemos aprender uns com os outros”, afirma José Grilo, coordenador do departamento criativo da publicação.

As aprendizagens contínuas e, sobretudo, a paixão pela escrita foram os motivos que levaram à participação no projeto. “Eu sempre gostei muito de escrever e queria ter alguma rotina para a minha escrita”, explica o estudante.

No que diz respeito às dificuldades encontradas, Rúben Sousa, coordenador da redação do Pontivírgula, destaca a “revisão de todos os textos”. Apesar do investimento que implica, o jornal é um projeto que gera interesse entre os estudantes e os coordenadores ambicionam um futuro ainda mais positivo.

Ainda na capital, na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa (ESCS), encontramos a revista ESCS Magazine e a rádio ESCS FM.

A equipa da ESCS Magazine é constituída por mais de 100 estudantes e é dividida em departamentos: redação, correção linguística, recursos humanos e comunicação. A diretora da revista, Inês Policarpo, que frequenta o 3.º ano da licenciatura em Jornalismo, assume que “é difícil estar numa posição onde temos
de supervisionar tudo e todos”. A estudante acrescenta: “somos nós que temos de dar as últimas ordens e finalizar os últimos detalhes”. As portas estão sempre abertas para os estudantes que têm o ‘bichinho’ da escrita e comunicação e a vontade de abrir oportunidades é algo de que se “orgulham imenso”.

Também a ESCS FM “funciona a partir da motivação e do impulso dos alunos”. Quem o diz é Marta Engenheiro, estudante que participa na rádio como coordenadora de projeto. Para Marta, a ESCS FM é uma escola: “aprendes com os erros” . A estudante acrescenta que o projeto lhe tem permitido construir currículo: “metade do meu CV é ESCS FM, o que ajuda, porque se queres entrar em rádio, ter currículo é muito importante”.