O semestre não está de quarentena

Do otimismo ao tempo disponível

Dos diversos campi do Politécnico de Leiria, os jovens contam como é passar o tempo entre filmes, séries televisivas, desporto, nutrição, livros ou música. São atividades que ajudam a manter a saúde mental em momentos de reclusão.

“Tenho dedicado bastante tempo às arrumações e pequenas obras em casa. Para além disso, sou bailarina e a minha escola de dança tem feito aulas via Zoom para que os alunos se mantenham ativos e façam aquilo de que gostam”, refere Mariana Santos.

Parece consensual que o novo método de ensino veio desafogar um pouco a rotina e deixar tempo livre para outras atividades. Maria Rei, estudante da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, assume que “a tentativa de procrastinar é grande”, mas que se “contorna com diversas coisas que é possível fazer em casa”. O contacto diário com os colegas via webcam parece ser obrigatório.

A estudante de Comunicação e Media assegura que não ignora as notícias e o zum-zum mediático, procurando informar-se o suficiente. Acima de tudo, conserva o otimismo que caracteriza os jovens: “Este tempo não passa de um momento mau que, como todos os outros, vai passar e ser superado”.

Otimismo é, também, a palavra de ordem para Tatiana Rosa. “Acho que a situação é bastante complicada e chega a assustar pelas proporções que tem tomado. Mas eu tento sempre ver o melhor lado de tudo o que acontece”, afirma a finalista da ESECS.

Para outros jovens, esta adaptação não tem sido fácil. Ana Teodoro, a estudar no campus de Peniche, refere que “é um pouco complicado permanecer em casa e assimilar tudo o que está a acontecer”. A estudante do Curso Técnico Superior Profissional em Análises Laboratoriais considera que o sistema de ensino online acaba por quebrar a rotina escolar: “A adaptação não tem sido propriamente fácil. Estamos em casa, acabamos por ser levados pela preguiça. Quebrei o ritmo que a escola me obrigava a ter e os hábitos de estudo”.