O semestre não está de quarentena

Vidas que se transformam: os estudantes Erasmus

Por se encontrarem longe de casa, os jovens em mobilidade internacional constituem um grupo particularmente sensível, quer aqueles que escolhem Portugal para os receber, quer os que partem para outro país.

Michaela Synková, da República Checa, elegeu Politécnico de Leiria como segunda casa e garante ter ficado em Portugal por sua opção: “Até agora, sinto-me segura em Portugal e também sei que a minha família está bem. Os meus pais aceitaram bem a minha decisão de ficar aqui e eu decidi não colocar ninguém em risco. Viajar neste momento podia trazer consequências, como levar o vírus para casa”.

Para passar o tempo, Michaela dedica-se às tarefas curriculares que, atualmente, são em maior número, e a alguns hobbies, como desenhar, fazer videochamadas com a família e amigos e ver algumas séries televisivas ou filmes com os colegas de casa.

A frequentar o programa Erasmus na Hungria, Diogo Silva, da ESECS, revela que voltou para Portugal por opção, para que a situação não piorasse. Mas isso não significa a interrupção da ligação com a Universidade de Dunaújváros: “Continuamos a ter aulas, agora em formato online. Estou em Leiria e sigo os conteúdos curriculares da universidade húngara”.

Não há dúvida que o Covid-19 chegou para pôr o mundo em standby. Essa é a realidade dos estudantes que se encontram em estágio curricular, normalmente no último ano do curso. Uns viram os seus estágios imediatamente suspensos, como os estudantes de Enfermagem, outros os estágios adiados ou em modo de teletrabalho a partir de casa.